Padroeira do blogger

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Santa Rita de Cassia

sábado, março 29, 2014

CAPÍTULO II
MISSÃO DA IGREJA E DOUTRINA SOCIAL
I. EVANGELIZAÇÃO E DOUTRINA SOCIAL

a) A Igreja, morada de Deus com os homens

60 A Igreja, partícipe das alegrias e esperanças, das angústias e das tristezas dos homens, é solidária com todo homem e a toda a mulher, de todo lugar e de todo tempo, e leva-lhes a Boa Nova do Reino de Deus, que com Jesus Cristo veio e vem em meio a eles[73]. A Igreja é, na humanidade e no mundo, o sacramento do amor de Deus e, por isso mesmo, da esperança maior, que ativa e sustém todo autêntico projeto e empenho de libertação e promoção humana. É, em meio aos homens, a tenda da companhia de Deus ― «o tabernáculo de Deus com os homens» (Ap 21, 3) ― de modo que o homem não se encontra só, perdido ou transtornado no seu empenho de humanizar o mundo, mas encontra amparo no amor redentor de Cristo. Ela é ministra de salvação, não em abstrato ou em sentido meramente espiritual, mas no contexto da história e do mundo em que o homem vive[74], onde o alcançam o amor de Deus e a vocação a corresponder ao projeto divino.

61 Único e irrepetível na sua individualidade, todo homem é um ser aberto à relação com os outros na sociedade. O conviver social na rede de relações que interliga indivíduos, famílias, grupos intermédios em relações de encontro, de comunicação e de reciprocidade, assegura ao viver uma qualidade melhor. O bem comum que eles buscam e conseguem formando a comunidade social é garantia do bem pessoal, familiar e associativo[75]. Por estas razões, se origina e prende forma a sociedade, com os seus componentes estruturais, ou seja, políticos, econômicos, jurídicos, culturais. Ao homem «enquanto inserido na complexa rede de relações das sociedades modernas»[76], a Igreja se dirige com a sua doutrina social. «Perita em humanidade»[77], a Igreja é apta a compreendê-lo na sua vocação e nas suas aspirações, nos seus limites e nos seus apuros, nos seus direitos e nas suas tarefas, e a ter para ele uma palavra de vida que ressoe nas vicissitudes históricas e sociais da existência humana

segunda-feira, março 10, 2014

Histórico

O Movimento Apostólico de Schoenstatt faz parte da Obra Internacional de Schoenstatt, fundada pelo Pe. José Kentenich em 18 de outubro de 1914, em Schoenstatt, na Alemanha.
O ato da Fundação é a Aliança de Amor, selada pelo Pe. José Kentenich juntamente com um grupo de seminaristas pallottinos convidando a Mãe de Deus a estabelecer-se numa Capelinha e fazer dela um Santuário de graças, de onde partisse um movimento de renovação religioso e moral para mundo.
As circunstâncias comprovam que Nossa Senhora aceita esse convite e leva a sério a consagração realizada.
Em poucos anos a Mãe de Deus atrai muitas pessoas a este lugar de graças realizando prodígios de transformações nas almas.
A Obra é duramente provada no decorrer das duas guerras mundiais e também por meio das autoridades eclesiásticas. Tais dificuldades aprofundam ainda mais a espiritualidade própria de Schoenstatt e amadurecem o amor e a fidelidade à Igreja de todos os que se empenham por essa Obra.
A essência desta espiritualidade é a Aliança de Amor que os membros selam com a Mãe, Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável de Schoenstatt, no Santuário. Essa Aliança é um meio eficaz para a vivência mais consciente da Nova e Eterna Aliança, na qual somos inseridos pelo Batismo. Por meio dela, podemos crescer numa profunda fé na Divina Providência e aproveitar as pequenas coisas do dia-a-dia como caminho de santidade.
Uma Obra de tão grandes dimensões tem seu ponto de unidade na Aliança de Amor com a Mãe Três Vezes Admirável de Schoenstatt, na vinculação ao seu Santuário de graças e na fidelidade aos ensinamentos do Fundador, Pe. José Kentenich.

domingo, fevereiro 09, 2014

O espírito evangelizador

Reflexões - Reflexões
Quando o assunto é a evangelização, a ação não é humana, mas divina. Somos, sim, indispensáveis instrumentos para a ação de Deus, porém quem comanda é seu Espírito. Assim o papa Francisco encerra sua exortação apostólica “A alegria do Evangelho”. Seu quinto e último capítulo sublinha a presença do Espírito Santo no trabalho dos “animadores das maravilhas de Deus”, os fiéis evangelizadores. “Além disso, o Espírito Santo infunde a força para anunciar a verdade do Evangelho com ousadia, em voz alta e em todo o tempo e lugar” (259). Esse é o manancial, a fonte, a razão da vida missionária de qualquer cristão coerente com sua fé.
“Uma evangelização com espírito é muito diferente de um conjunto de tarefas vividas como uma obrigação pesada, que quase não se tolera ou se suporta como algo que contradiz as nossas próprias inclinações e desejos” (261). Ninguém faz da transmissão evangélica uma pregação pessoal, de idéias próprias, da cultura ou de simples teorias que recebeu doutrinariamente. Mesmo que tente, não conseguirá. Porque da teoria à prática, da experiência pessoal ao convencimento do outro há um longo e difícil caminho a percorrer, quando o que se exige é um testemunho de vida. “Sem momentos prolongados de adoração, de encontro orante com a Palavra, de diálogo sincero com o Senhor, as tarefas facilmente se esvaziam de significado” (262).
Não é tarefa fácil. Nem por isso difícil. “Às vezes perdemos o entusiasmo pela missão porque esquecemos que o Evangelho dá respostas às necessidades mais profundas da pessoa, porque todos fomos criados para aquilo que o Evangelho nos propõe: a amizade com Jesus e o amor fraterno” (265). Duas condições apenas: amar a Jesus e ao próximo. “A nossa tristeza infinita só se cura com um amor infinito”, diz o papa. E acrescenta: “Às vezes sentimos a tentação de ser cristãos mantendo uma prudente distância das chagas do Senhor. Mas Jesus quer que toquemos a miséria humana, que toquemos a carne sofredora dos outros... Cada vez que os nossos olhos se abrem para reconhecer o outro, ilumina-se mais a nossa fé para reconhecer a Deus. Em consequência disto, se queremos crescer na vida espiritual, não podemos renunciar a ser missionários” (270-272).
Questões que nos fazem esvaziar-nos de nós mesmos, para que Deus possa agir. “Pode acontecer que o coração se canse de lutar, porque em última análise, se busca a si mesmo num carreirismo sedento de reconhecimento, aplausos, prêmios, promoções; então a pessoa não baixa os braços, mas já não tem garra, carece de ressurreição. Assim, o Evangelho que é a mensagem mais bela que há neste mundo, fica sepultado sob muitas desculpas” (277). Falta-nos a humildade de reconhecer nossa própria insignificância, que impede ou inibe a força do Espírito em nós. Não lhe damos liberdade de ação. “Mas não há maior liberdade do que a de se deixar conduzir pelo Espírito, renunciando a calcular e controlar tudo e permitindo que Ele nos ilumine, guie, dirija e impulsione para onde Ele quiser. O Espírito bem sabe o que faz falta em cada época e em cada momento. A isto chama-se ser misteriosamente fecundos” (280).
Porém, a Igreja não existe sem a fecundidade dadivosa da mãe, Maria. “Juntamente com o Espírito Santo, sempre está Maria no meio do Povo” (284). “Maria é aquela que sabe transformar um curral de animais na casa de Jesus” (286). “Ela deixou-se conduzir pelo Espírito, através dum itinerário de fé, rumo a uma destinação feita de serviço e fecundidade” (287). “É a mulher orante e trabalhadora em Nazaré, mas é também nossa Senhora da prontidão, a que sai ‘à pressa’ (Lc 1,39) da sua povoação para ir ajudar os outros... Pedimos-lhe que nos ajude, com sua oração materna, para que a Igreja se torne uma casa para muitos, uma mãe para todos os povos e torne possível o nascimento dum mundo novo” (288).
WAGNER PEDRO MENEZES wagner@meac.com.br

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